segunda-feira, setembro 07, 2009

Banha-da-cobra, encadernada a pele e com letras a ouro...


Depois de uma fase em que me surpreendi com a desfaçatez de algumas pequenas editoras nacionais, as chamadas vanity presses, maior tem sido a minha perplexidade perante a divulgação mediática (demasiadas vezes até "jornalística"!) com que várias editoras POD (print on demand) têm sido recebidas no mercado nacional.

Sabe-se que vivemos numa época em que a crescente facilidade de publicação permite a alguns autores sonharem com essa avenida de realização pessoal. Que haja quem disso faça negócio não será necessariamente mau. Que essas mesmas pessoas usem subterfúgios, e se escondam ardilosamente atrás da palavra "gratuito", e que isso sirva de chamariz para depois se pregar um pack milagroso, mas não gratuito, supostamente capaz de limar as arestas que se interpõe entre o imberbe candidato e a perfeição do seu manuscrito, já não será de todo perdoável.

Mas melhor que eu, a Safaa Dib, assistente editorial da editora Saída de Emergência, partilha a sua visão sobre o assunto. Concisa e clarificadora, dá-nos uma descrição detalhada, e exemplificadora, do que se pode esperar de uma dessas empresas. E não me admiraria se houvessem mais escolhos à espera dos incautos...