Sonhos realizados... com os pés no chão.
Desculpem a insistência, com o vir de novo com as tertúlias. Prometo que com este post termino o meu raciocínio.Anteriormente referi a TerMa como um exemplo acabado do que sonham os marialvas da literatura fantástica. Mas, como em tudo o resto, há aqui coisas a aprender com nuestros hermanos no capítulo da eficiente organização.
Volto a citar a página oficial da TerMa:
"[...] ya que, entonces, la mayor parte de los miembros de la TerMa eran socios de la AEFCF (Associacion Española de Fantasia y Ciencia Ficcion) y la junta de ésta contaba con no pocos integrantes de la misma".
Ou seja, além da existência de uma Associação nacional (forte!) dedicada a promover o género, muitos dos membros da Tertúlia estão também envolvidos nessa mesma Associação. A Tertúlia é assim um espaço complementar a uma estratégia mais abrangente, o materializar do sonho de quem sonha com os pés bem assentes no chão.
Se uma Tertúlia é um espaço privilegiado para a descontraída discussão de ideias, sem um esforço bem organizado capaz de manter a vitalidade no universo para além desse grupo limitado geográficamente, acaba por se tornar um beco sem saída, muitas vezes nada mais que um exercício umbiguista.
(e porque não dizer que essa limitação geográfica pode também ser auto-imposta, como se vê hoje em dia em tantos "locais" da internet)
Terá sido essa a razão do fracasso na Tertúlia que é chorada? A incapacidade de, mesmo com um evento internacional, sair do mesmo grupo?
Não sei, não estive lá. Deixo a discussão dessa hipótese para quem assistiu a tudo.
Mas vou tirando as minhas conclusões... e tentando não cometer os mesmos erros!
(imagem: retirada de Metropolis, filme realizado por Fritz Lang)
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